quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Julgando o #STF

Com 3 perguntas e 3 análises eu condeno pelo meu juízo o modo como o STF conduziu desde o início o julgamento da ação penal 470, o chamado "Mensalão petista".


1º – Quem teve a "brilhante" ideia de julgar uma ação penal direto na última instância?
- Nem precisa ter muito conhecimento jurídico para enxergar o básico: última instância só depois das instâncias anteriores. 
É assim, sempre foi assim, mas para julgar membros do PT não foi assim.


2º – Porque o presidente do STF escolheu julgar antes o "mensalão" que veio depois?
- O dito "mensalão tucano" ocorreu em 1998, e está desde 2003 no STF aguardando julgamento.
- O tal "mensalão petista" ocorreu em 2005 e foi julgado antes.

O STF inverteu a ordem.

Empurrou para lá sabe-se quando o julgamento do mensalão original, do PSDB de Minas Gerais que aconteceu antes, com risco de prescrever.
E preferiu-se julgar antes o "mensalão do PT"… Estranho, não?

Veja aqui o vídeo da TV Justiça onde o "mensalão tucano" simplesmente desaparece da pauta do STF: 



3º – Porque o "imparcial" tribunal alterou forçadamente a agenda do julgamento fazendo
o final coincidir exatamente com a semana das eleições municipais de 2012?
- Após a inversão na ordem dos "mensalões", mais uma manobra nada convencional do STF. Ou melhor, do presidente do STF. Manobrou a agenda para o "grand finale" coincidir com os dias de 
votação das eleições municipais de 2012.
Ou seja, claramente ministros do STF usaram o STF como parte de um jogo político de um grupo político.
Isso é certo? É confiável?

Conclusão:
O mesmo STF que soltou banqueiros bandidos (Daniel Danta e Salvatore Cacciola), inocentou Collor de Mello, soltou Roger Abdelmassih e afins, decidiu de uma hora para outra, mudar todas as regras, importar outras e ferir a Constituição, mas não para fazer justiça, e sim para servir a uma estratégia política de destruição de um grupo em favor de outro.